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Reajuste anual eleva preços de medicamentos em 5,6%

O aumento nos preços dos medicamentos estabelecido pelo Governo Federal entrou em vigor na última sexta-feira, 31 de março. Com a medida aprovada, os fabricantes já podem ajustar sua tabela de preços com a majoração de 5,6%.

O reajuste no preço, que é feito anualmente pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), foi abaixo da inflação. De acordo com o diretor do Sicofase, Alex Garcez, o cenário deste ano foi diferenciado em comparação aos anos anteriores. “A inflação dos últimos 12 meses está em 5,98% e o aumento dos medicamentos foi de 5,6%. Então foi um aumento abaixo da inflação e, além disso, menor em comparação ao reajuste do ano de 2022”, ressaltou Garcez.

Neste momento, os preços de medicamentos já podem ser elevados nas prateleiras das farmácias. Porém, o consumidor não irá sentir essa diferença de forma repentina, mas sim, de maneira gradual, no ritmo em que as fabricantes ajustarem os valores. A indústria farmacêutica vai repassar a lista atualizada dos preços para o segmento atacadista e, a partir disso, as farmácias irão se adequar ao longo dos dias.

O preço dos medicamentos no mercado deverá se estabilizar após o dia 15 de abril. Nesta data, a Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (Abcfarma) vai disponibilizar o caderno atualizado do preço geral dos medicamentos para os lojistas de todo o Brasil.

Segundo Alex Garcez, aqueles que são mais impactados com o reajuste são os consumidores de medicamentos de uso contínuo, que usam remédios para tratamento de diabetes, pressão arterial, e outros tipos de complexidades.

Apesar deste aumento no preço, o comércio farmacêutico sergipano possui uma particularidade que pode aliviar o bolso da população. Nosso estado possui um termo de acordo entre Governo Estadual e o setor atacadista farmacêutico que viabiliza a promoção de descontos em remédios, com redução nos impostos. Para Garcez, esse é um fator que contribui intensamente na competitividade e, consequentemente, no crescimento do faturamento das empresas e venda para o consumidor.

“O termo de acordo é um benefício direto para o consumidor. Porque o atacado recebe esse incentivo, que é repassado para a farmácia. E em contrapartida, a farmácia tem como pagar um imposto menor. E essa diferença de alíquota consegue ser repassada para a população, diminuindo o valor final do produto. Por isso, existe uma concorrência, dentro do estado, de farmácias ofertando descontos com preços variados. E quem ganha com isso é o consumidor final, que compra com preços mais competitivos”.

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